segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Foto: Camilla Leão

CURIOSIDADES: Quais os tipos de partos?

Não há um tipo de parto melhor para todas as mulheres. A escolha do tipo de parto deve ser baseada no histórico da paciente, no trabalho de parto, bem como na vontade da gestante. A mulher deve fazer um bom pré-natal, pois será nesse período em que ela tirará todas as suas dúvidas sobre a gestação e o parto, conhecendo assim melhor o seu corpo e o desenvolvimento do seu bebê.

Algumas informações sobre os diferentes tipos de parto:

·      PARTO CESÁREA
É uma intervenção cirúrgica pela qual a mãe passa para a retirada do bebê. A recuperação da mãe é bem mais lenta do que em qualquer outro tipo de parto. Há maior risco de infecção materna e de o bebê ter problemas respiratórios.
São motivos clínicos para tal intervenção: quando o tamanho do bebê é desproporcional ao tamanho da pelve da mãe; quando há descolamento prematuro da placenta; quando há alguma infecção herpética ativa; quando a mãe é diabética; se a posição do bebê estiver invertida e difícil ou ainda, se o trabalho de parto não estiver progredindo normalmente.
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·      PARTO NORMAL
O nascimento é por via vaginal com auxilio do médico no corte (episiotomia) para facilitar a saída do bebê, é o modo convencional de dar a luz, é usado em todo o mundo e evita doenças como: infecções, dores pélvicas, hematomas e diminui o tempo de resguardo e cuidados na recuperação.
No parto normal, ao passar pelo canal vaginal, a criança tem seu tórax e todo o resto de seu corpo comprimido. Essa compressão garante que o líquido amniótico que está dentro dos pulmões do bebê saia pela boca, facilitando o primeiro suspiro da criança.
As contrações uterinas causam grande estresse no bebê. Esse estresse faz com que seu organismo produza um hormônio chamado cortisol, responsável por deixar os pulmões do bebê preparados para trabalhar a todo vapor.
Durante o trabalho de parto o organismo da mãe produz os hormônios ocitocina e prolactina, que aceleram a descida do leite. Dessa forma, a mãe pode amamentar seu bebê ainda na sala de parto ou assim que chegar ao quarto. É um tipo de parto de baixo custo.

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·      PARTO NATURAL
O nascimento é como no parto normal, alterando apenas que a mulher é quem fica responsável por todo o parto, sem intervenções como: anestesias, o corte (episiotomia) e indução ou intervenção do médico que acompanha todo o processo atento a todos os detalhes do acontecimento.
O ritmo e o tempo da mulher e do bebê são respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. A recuperação é rápida.
Essa forma de parto também e indicada, o acompanhamento de pessoas da família e do pai do bebê no intuito de passar para a mulher maior segurança na hora do parto.
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·      PARTO DE CÓCORAS
É realizado da mesma forma que o natural, porém, em vez da mãe ficar na posição ginecológica normal, mantém-se de cócoras. Utilizando o auxílio da gravidade, torna-se mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, por não comprimir importantes vasos sanguíneos o que acontece com a mulher deitada de costas.
Indicado para mulheres que não apresentam problema de pressão, podendo ser realizado se o feto estiver na posição cefálica (com a cabeça para baixo).
A participação do companheiro, ausência de métodos invasivos para alívio da dor, liberdade de movimentos da mulher no momento do nascimento da criança e a recuperação imediata são as principais vantagens do parto de cócoras.
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·      PARTO NA ÁGUA
O parto na água é feito com a mulher em uma banheira, onde a água tem a mesma temperatura média do líquido amniótico que é cerca de 37º, neste procedimento a água fica cobrindo a barriga da mãe, que pode estar acompanhada pelo pai da criança ou um parente, dando a mãe maior segurança durante o processo do parto, o acompanhamento do médico é feito durante todo o processo.
A água morna deixa a gestante relaxada e alivia as dores das contrações, pois provoca um aumento da irrigação sangüínea da mãe, diminuição da pressão arterial e relaxamento muscular. É mais rápido e menos dolorido para a mãe que o parto natural, além de mais tranqüilo para o bebê.
Não é recomendado em trabalho de parto de prematuro, presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo, bebês com mais de 4 Kg ou que precisem de monitoramento contínuo.
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·      PARTO HUMANIZADO
O Parto Humanizado significa direcionar toda atenção às necessidades da mulher dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, liberdade às suas escolhas, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos, mostrando as opções de escolha baseados na ciência e nos direitos que tem.
O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.
É a mulher que deve escolher onde ter o bebê, o acompanhante que vai estar ao seu lado na hora do trabalho de parto e no parto, liberdade de movimentação antes do parto e em que posição é melhor na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê. Para isso, é importante o pré-natal.
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·      PARTO A FÓRCEPS
Este procedimento já foi proibido, o uso só é permitido em casos extremos onde é necessária a intervenção no parto normal para a saída do bebê.
O fórceps é um instrumento usado para a retirada da criança de dentro do canal vaginal, ele é em forma de uma pinça com a forma de uma colher, que faz a retirada da criança quando ocorre algum problema no decorrer do parto normal, induzindo o posicionamento da cabeça correto para a saída pelo canal do parto.

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Links interessantes de vídeos de partos

Parto natural hospitalar


O que é puerpério?

O período logo após o parto chama-se puerpério, é também conhecido como resguardo ou pós-parto. É o período onde todas as modificações que o corpo da mulher sofreu na gravidez retornam ao normal.

O puerpério pode ser dividido em três fases:


IMEDIATO: começa logo após a saída da placenta e se estende até o 10º dia.

MEDIATO: começa no 11º dia e se estende até 42º dia.
TARDIO OU REMOTO: a partir do 43º dia e dura enquanto a mulher estiver amamentando.

O que é episiotomia?


A episiotomia é um corte cirúrgico feito no períneo – região muscular que fica entre a vagina e o ânus. O corte é feito durante o parto normal, com a ajuda de uma anestesia local (se já não estiver anestesiada), realizada com o objetivo de aumentar a abertura vaginal durante o período expulsivo para facilitar a passagem da cabeça do bebê, de forma a evitar lacerações perineais extensas e complicadas,  incontinência urinária e fecal e prolapso de órgãos pélvicos.
OBS: Hoje em dia os diversos estudos publicados sugerem que este procedimento não deve ser efetuado por rotina, mas sim criteriosamente, em função das características de cada parto.

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O que é episiorrafia?

É a sutura realizada no local da episiotomia. É feita com pontos absorvíveis que "caem sozinhos" e cicatrizam em uma semana, sem que na maioria dos casos ocorram complicações.

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Quais as complicações possíveis da episiotomia?

•Prolongamento do corte da episiotomia, tornando-o mais extenso ou profundo.

•Qualquer ferida tem o risco de sangramento, inchaço, hematomas e dor, especialmente a episiotomia, que não é um corte superficial, mas profundo que atinge os músculos e tecidos.

•Uma episiotomia pode se tornar infectada (infecção bacteriana), dependendo do corpo de cada mulher e dos cuidados com a ferida.
•Pode causar dor ou baixo nível de satisfação sexual.

•Casos de incontinência são resolvidos com exercícios da musculatura pélvica (Kegel) e em casos raros, vai exigir cirurgia.

•Em caso de Deiscência*, os pontos devem ser removidos para drenar a ferida, e depois o períneo deve ser suturado novamente

*Deiscência: abertura espontânea de suturas cirúrgicas.

http://vilamamifera.com/fisioterapiafeminina/a-episiotomia-e-os-cuidados-pos-parto/

O que fazer para aliviar a dor na episiotomia?

•Água morna:
Um banho de banheira ou de chuveiro, ou um banho de assento no bidê ou em uma bacia bem limpa.

•Água fria:
Compressas geladas ou um chuveirinho com água fria.

•Pomadas anestésicas (somente com orientação médica)

• Analgésicos como o Paracetamol (somente com orientação médica)

•Sentar em cima de uma boia com furo no meio, ou uma almofada de amamentação ou especial para hemorroidas, a fim de diminuir o atrito na área.

Quais são os cuidados para evitar complicações no puerpério?

•Manter a área limpa.

•A mulher deve limpar os órgãos genitais várias vezes ao dia, especialmente depois de urinar ou defecar. Quando defecar, limpe de frente para trás, evitando assim introduzir germes do reto para a vagina. Troque os absorventes toda vez que for ao banheiro.

•Tentar manter a área seca.

•Após higienização, secar suavemente com uma toalha, sem esfregar a área. Em algum momento do dia tente manter os órgãos genitais descobertos e secos para manter a área ventilada, sem calcinha. Lembre-se que a ferida está em um local que é permanentemente úmido devido ao fluxo de sangue após o parto.

•As toalhas utilizadas devem ser trocadas constantemente, para prevenir a infecção. Lembrando que a área onde a ferida está em contato constante e direto com o sangue que flui do útero e pode tornar-se contaminada com germes do intestino (ânus).

•Evitar a constipação, optando pela ingestão de alimentos com muitas fibras.

•Em caso de dor ou desconforto é recomendado:

•Colocar compressas com cubos de gelo (gelo em um saco plástico coberto por uma toalha)


•Tente não ficar sentada por muitas horas seguidas enquanto o períneo estiver dolorido.
http://vilamamifera.com/fisioterapiafeminina/a-episiotomia-e-os-cuidados-pos-parto/

O que é Lóquios?

É o sangramento que ocorre pós-parto. É composto pelo sangue e tecidos que estavam revestindo o útero. Acontece no parto normal e na cesárea.
A duração dos lóquios varia de mulher para mulher, sendo a média de 21 dias mas pode-se prolongar por 2 a 3 meses pós-parto.
Os lóquios mudam de cor conforme o tempo e passam por três fases distintas.
1ª fase: Os lóquios são de um vermelho vivo. Esta fase ocorre 3-4 dias pós-parto.

* 2ª fase: Os lóquios tornam-se rosados ou acastanhados. Esta fase ocorre quando o revestimento do útero se solta.

* 3ª fase: Os lóquios tornam-se amarelados ou incolores. Esta fase ocorre por volta do 10º dia após o parto.

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Posso ter cólicas após o parto?

É comum a mulher sentir cólicas após o parto porque o útero está voltando ao normal. Durante a gravidez ele aumenta significativamente seu tamanho e no pós-parto ocorre o inverso. Isso significa que o útero está diminuindo seu tamanho e voltando a mesma condição de antes da gravidez. Esse fenômeno se chama INVOLUÇÃO UTERINA. 
As cólicas geralmente ocorrem até o 4º, 5º dia do puerpério e podem ser mais intensas durante a amamentação por causa da liberação de um hormônio chamado OCITOCINA, que entre outras funções, estimula a contração do útero para diminuir o sangramento do puerpério.

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A imagem acima mostra a INVOLUÇÃO UTERINA no puerpério.


Porque amamentar?

O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo, fornecendo componentes para hidratação (água) e fatores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lípase, lisozimas, fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrófilos, fator bífido e outros contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança.

A amamentação, além de propiciar, pelo leite materno, a melhor fonte de nutrição para os lactentes é a proteção contra diversas doenças agudas e crônicas, pois o leite materno contém anticorpos da mãe que passam para o bebê, combatendo ainda a diarréia, anemia e desidratação. Amamentar promove o estabelecimento de uma ligação emocional, muito forte e precoce entre a mãe e a criança, designada tecnicamente por vínculo afetivo.

Artigo: Aleitamento materno: exclusividade até o 6º mês. Joseneide V. de Almeida e Victor Franco.

Foto: Fernanda Coelho

Foto: Marília Braga

Como amamentar corretamente?

Uma pega eficaz é essencial para uma amamentação bem sucedida. A dor nos mamilos é um sinal de alerta de que a pega não está adequada, o que poderá causar desconforto à mãe e interferir na alimentação do bebe.
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Como ajudar o bebe a pegar na mama?

•Tocar os lábios do bebe com o mamilo;

•Direcionar o mamilo para o palato* do bebe;

•Esperar até que a boca esteja bem aberta;

•Nessa altura trazer o bebe rapidamente à mama;

•O nariz e o queixo do bebe ficam junto à mama;

•A cabeça do bebe deve estar alinhada com o resto do corpo (para não ter a cabeça voltada para o lado para mamar)

•Vê-se pouca aréola por baixo;

•Puxar com o dedo indicador o queixo do bebe para baixo fazendo com que a boca abra mais e o lábio inferior esteja virado para fora;

•Pode-se ver e ouvir a deglutição.

*Palato: céu da boca.

Quais são as posições para amamentar?

POSIÇÃO CLÁSSICA


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POSIÇÃO INVERTIDA

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POSIÇÃO DEITADA

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POSIÇÃO CAVALEIRO

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Quais são os tipos de mamilos?

Mamilo normal: 92% das mulheres têm mamilos normais, ou seja, nem muito para fora, nem liso, nem para dentro. Isso significa que a imensa maioria delas não terá qualquer problema para
amamentar, pelo menos no que diz respeito ao mamilo.

Mamilo Protuso/comprido: Algumas mães têm um mamilo bem comprido. O problema desse tipo de mamilo é que o bebê tem a tendência de pegar só o bico, sem abocanhar a aréola. Se o bebê pegar só o mamilo, as rachaduras certamente virão. E a dor é intensa.
Bom, de qualquer forma, é um problema muito simples de resolver. Basta você tentar amamentar em diferentes posições, fazendo pequenas variações, até descobrir qual a posição que faz com que o bebê abocanhe a maior parte possível da aréola. Se o bebê pega boa parte da aréola, não haverá problema.

Mamilo Plano: O mamilo plano é aquele que não é “para fora” nem “para dentro”. Mamilos planos não costumam trazer grandes problemas para a amamentação, por que são mais fáceis de corrigir do que os mamilos invertidos. Muitas vezes, quando o bebê é forte, a simples sucção faz com que os mamilos planos voltem ao normal.

Mamilo Invertido: No caso dos mamilos invertidos a amamentação pode ficar um pouco prejudicada, mas é possível amamentar mesmo assim. Será necessário muita paciência e tempo.