A
institucionalização do parto e a elevada taxa de cesarianas no Brasil
geralmente resultam em algum tipo de violência obstétrica e intervenções
maternas e neonatais desnecessárias. O
parto domiciliar representa o rompimento com este modelo de assistência
obstétrica e também faz parte de um movimento de reação das mulheres contra a
violência na hora do parto. O parto domiciliar planejado permite o resgate do
protagonismo, da vivência em plenitude desta mulher na hora de parir. Mesmo em
frente a tantas objeções e diferentes olhares sobre o processo do parto e
nascimento, o parto domiciliar planejado e de baixo risco desmitifica a
concepção que o mesmo oferece maior risco para a mãe e o bebê em relação ao
hospitalar. Pois, este tipo de parto está associado a menores taxas de
morbidade materna, hemorragia pós-parto e não há aumento nas taxas de
mortalidade perinatal.
SANFELICE,
Clara. F.O.; SHIMO, Antonieta. K.K. Parto
domiciliar: avanço ou retrocesso? Rev Gaúcha Enferm. 2014 mar; 35(1): 157-160.
Foto: Fernanda Coelho
COMENTÁRIO DE UMA DAS AUTORAS DO BLOG:
O
parto domiciliar planejado surge ultrapassando todos os obstáculos que se interpõem ao mesmo e
reafirmando que este tipo de parto é seguro quando assistido por profissionais
capacitados e habilitados. É um parto escolhido por mulheres bem instruídas e
geralmente com alto poder aquisitivo. Não é de forma alguma um simples modismo,
mais sim uma maneira encontrada de se resgatar a essência do nascimento, e de
dizer não a frieza do ambiente hospitalar. O parto domiciliar proporciona a
parturiente estar em contato com o recém-nascido de forma plena trazendo segurança
para os mesmos. Além de contribuir com o respeito à autonomia e protagonismo da
mulher neste momento tão singular.
Quais os materiais necessários para este tipo de parto?
ResponderExcluirE parto normal ou cesariana??
Muito bom
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